domingo, novembro 20, 2011

O Massacre de Indios no Brasil ainda Continua ,इ, parece estar longe de acabar

Pistoleiros invadem acampamento e assassinam cacique Guarani-Kaiowá

19/11/2011 20:26, Por Adital

A luta dos povos indígenas do Mato Grosso do Sul (Brasil) por paz e pelodireito de usufruir de sua terra parece estar longe de acabar. Na manhã destasexta-feira (18), Tonico Guarani-Kaiowá, membro do Aty Guasu, denunciou, pormeio do Programa Kaiowá/Guarani da Universidade Católica Dom Bosco – UCDB, amassacre praticado no acampamento Tekoha Guaiviry, no município de Amambaí.

Por volta das 6h30 desta sexta, 42 pistoleiros mascarados e fortementearmados invadiram o acampamento e tiraram a vida do cacique Nísio Gomes, de 67anos, morto com vários tiros de calibre 12 nos braços, pernas, peito e cabeça. Aose retirarem da comunidade os pistoleiros levaram consigo o corpo do cacique.

De acordo com o kaiowá Valmir, filho de Nísio, uma mulher e uma criançatambém foram assassinados e seus corpos levados por uma caminhonete de corcinza. Ao tentar apurar o fato, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) recebeuinformações de que, além dos assassinatos, dois jovens e uma criança haviamsido sequestrados, no entanto, ainda não há informações precisas já que acomunidade está apreensiva e abalada com o fato.

Alguns indígenas ainda permanecem no acampamento, mas a maior parte dos60 Kaiowá Guarani da comunidade fugiu para o mato. Em sua denúncia ao programada UCDB, Tonico afirmou que alguns pistoleiros ainda permanecem no localcercando o acampamento e impossibilitando o retorno dos que estão na mata.

Em entrevista ao Cimi, um indígena cujo nome foi mantido em sigilo porsegurança, deixou claro que os Guarani-Kaiowá não vão abandonar o local. “Opovo continua no acampamento, nós vamos morrer tudo aqui mesmo. Não vamos sairdo nosso tekoha”, afirmou. Lideranças do Aty Guasu Guarani e Kaiowá estão seorganizando para voltar ao local do ataque.

O Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal de Ponta Porã e aFundação Nacional do Índio (Funai) já foram informadas sobre o caso.

Contexto

Desde o dia 1º de novembro, os indígenas decidiram desmontar oacampamento onde viviam às margens de uma rodovia e ocupar uma parte do seu tekohaKaiowá. O Território Indígena de ocupação tradicional da etnia está sob poderdas fazendas Chimarrão, Querência Nativa e Ouro Verde. Cerca de duas semanasdepois da retomada do território a comunidade começou a ser cercada.

Os ataques e assassinatos não são fatos novos para os indígenas do MatoGrosso do Sul. No dia 13 de agosto deste ano, indígenas Guarani Kaiowá doTerritório Indígena Pueblito Kuê, município de Iguatemi, que ocupavam uma áreaentre as fazendas Maringá e Santa Rita, tiveram seu acampamento destruído, pertencesqueimados e sua comida roubada por homens encapuzados. Apesar disso, osindígenas não saíram do local, reivindicado como terra tradicional, e afirmamque não sairão voluntariamente.

Os Guarani Kaiowá somam hoje cerca de 45 mil indígenas e ocupam poucomais de 40 mil hectares। De acordo com levantamento do Conselho Indigenista,98% da população indígena do estado vive em apenas 0,2% do território do MatoGrosso do Sul. A falta de terras é apontada como o principal desencadeador desituações de violência como homicídios e ataques a comunidades, além deproblemas sociais como suicídio de jovens e altos índices de mortalidadeinfantil.


Com informações do सिमी



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