TORNADOS NO SUL DO BRASIL[1].
Ádrio Davi dos Santos; Carlos Eduardo Meine Morais; Caterina Gonçalves Philippsen; Magali Hexsel Benedetto[2]
Carmo Heinemann [3]
A ocorrência de tornados na região sul do Brasil nos assusta, pois, o Brasil é um país com poucos relatos de fenômenos naturais como este. Será, então, que este fato está relacionado ao aquecimento global, tão discutido atualmente? Será que começaremos a ter uma maior incidência deste fenômeno aqui?
Para responder a estas perguntas faz-se necessário que se conheça a origem deste fenômeno.
Pode-se classificar como um tornado, um turbilhão de ar localizado entre uma nuvem de tempestade (chamada supercélula) e o solo. Este se forma com a chegada de frente fria em uma região onde o ar está mais quente e instável, formando assim um movimento rotativo de baixa pressão.
Em dias de tempestades muito violentas, há uma grande chance de se formarem nuvens chamadas de supercélulas e que podem originar um tornado. As supercélulas são grandes nuvens com movimento giratório e que produzem enchentes, relâmpagos e granizo. Elas podem ser vistas pelos meteorologistas com antecedência, possibilitando o alerta sobre a possibilidade da ocorrência de tornados em determinada região. Estas nuvens de tempestade armazenam grande quantidade de energia, originada da evaporação quando da formação da nuvem. Quando há condensação do vapor da nuvem, esta energia cria condições para o ar, dentro da nuvem, produzir um movimento ascendente, podendo atingir uma velocidade de até 500 km/h.
Os meteorologistas dizem que os tornados e os furacões são vórtices atmosféricos. Mas há uma grande diferença entre os furacões e os tornados. Os furacões podem atingir aproximadamente 100 km de extensão, são formados por várias nuvens, possuem apenas um vórtice e nascem somente em mares quentes. Quando chegam à terra perdem intensidade, pois a umidade diminui. Quando um furacão toca no solo em dias propícios para a ocorrência de tempestades, ele pode gerar um tornado. Os tornados podem atingir aproximadamente 100 m de extensão, são fenômenos de pequena escala, que afetam áreas limitadas e são formados por uma única nuvem, possuem vários vórtices e acontecem geralmente sobre a terra. Os tornados podem durar de 10 minutos até 1 hora.
Com este conhecimento sobre o que são e como se originam os tornados, pode-se avaliar a possibilidade da ocorrência destes fenômenos no Brasil.
Existem registros de tornados no estado do Rio Grande do Sul desde 1967, na cidade de Lajeado (Fonte: http://www.temposeveronobrasil.com/rs.htm). Isto é, estes eventos não são recentes. Então, não são necessariamente uma conseqüência do aquecimento global.
Existem regiões no planeta Terra com grandes probabilidades de ocorrerem fenômenos climáticos como os tornados. A maior incidência de tornados ocorre no chamado Corredor de Tornados, localizado na América do Norte. Dentre os outros locais suscetíveis há ocorrência de tornados está a região da América do Sul onde se localizam os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o Uruguai e parte da Argentina. No Rio Grande do Sul não acontecem com a mesma freqüência nem intensidade, mas as condições são favoráveis para o surgimento deste fenômeno. Estas condições são: áreas de campanha e campos de cima da serra, massa de ar quente e úmido confrontando-se com massa de ar frio e seco e a ocorrência de muitas tempestades violentas que formam as supercélulas.
Por isso, pelo fato do RS ser uma região propícia para o surgimento de tornados, é importante e necessário que haja um contínuo monitoramento, que se tenha sempre disponíveis equipes preparadas e em alerta, além de recursos financeiros, para o atendimento às vítimas decorrentes deste fenômeno.
[1] Texto publicado no Jornal NH de 13.09.2008, no espaço Ponto de Vista, p.12.
[2] Alunos de Física da disciplina Física do Sistema Terra – UNISINOS – São Leopoldo/RS.
[3] Professor da disciplina e coordenador do curso de Física – UNISINOS – São Leopoldo/RS.
acumulou, nos últimos 5 anos, uma série de fracassos: desde a queda da arrecadação, que derrubou o município do 5º para o 16º lugar no estado, até o fim da concorrência nos meios de transportes que, se não estavam funcionando a contento, tinham acabado com o lamentável monopólio da Real. A olhos vistos vemos a cidade voltar a ficar mais suja, desorganizada, violenta e a gastar mal o dinheiro público. Risível, se não fosse um assunto sério e de se chorar, a aplicação do dinheiro numa tal de ciclovia que começa em lugar algum e termina em lugar nenhum. Ou como podemos classificar aquela calçada, eventualmente usada por pedestres e provavelmente ainda não utilizada por nenhum ciclista, encostada no muro do trensurb entre a passarela da Vila Pedreira e a estação Esteio?
